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Encontro comemora o Dia Mundial do Fiat 147 com festa de clássicos na Freguesia do Ó – SP – 13/7/2025

Neste último domingo (13), a zona norte de São Paulo foi palco de um verdadeiro mergulho na história automotiva brasileira. O Largo da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó, no coração da Freguesia do Ó, recebeu uma das celebrações mais aguardadas do ano por colecionadores e fãs dos clássicos nacionais: o Encontro do Dia Mundial do Fiat 147.


O Dia Mundial do Fiat 147, comemorado anualmente no dia 14/7, foi antecipada para o domingo 13/7.


A data, já tradicional no calendário dos entusiastas, homenageia o compacto que revolucionou o mercado nacional em 1976 ao ser o primeiro carro da Fiat fabricado no Brasil — e também o primeiro veículo de passeio com motor transversal e tração dianteira produzido no país.


Mais de 80 veículos compareceram ao encontro, reunindo não apenas o Fiat 147 em diversas versões e configurações, mas também outros modelos de antigos.


O encontro foi organizado pelo Encontros de Carros Antigos_E.C.A , Isaac do Fiat 147 @azeitona1986, com apoio das equipes @Agita Frega, @Elite147, @Abordo 147 e @rat francesco.


Modelos em destaque: um desfile de raridades sobre rodas


Os visitantes foram brindados com exemplares impecáveis e raros, com direito a restaurações fiéis e algumas customizações que chamaram atenção dos mais atentos. Abaixo, destacamos os principais modelos e curiosidades presentes no evento:


Fiat 147 Brio ou “frente reta” (1976-1978)

A versão que deu início à produção nacional. Equipada com motor FIASA 1.050 cm³, câmbio 4 marchas, refrigerado a água, causou estranheza na época pelo seu design “quadradão” porém muito inovador. A versão pick-up 1.050, do mesmo tamanho do 147, tinha porta da caçamba com abertura lateral.


Fiat 147 versão “Europa” (1980-1982)

Versão mais esportiva com apelo jovem, oferecia visual mais agressivo, em algumas versões com painel com conta-giros e rodas esportivas. Nesta versão, o motor adotado foi o 1.300 cm³, também com câmbio 4 marchas.


A pick-up Fiat City, deste modelo, já tinha era maior do que o Fiat 147 (tamanho da Panorama), com a porta da caçamba com abertura não mais lateral, e sim para baixo.


Fiat Spazio (1983-1986)

Reestilização de meia vida do 147. Trazia para-choques plásticos envolventes, novo painel e melhorias de acabamento. O Spazio foi o primeiro carro nacional a adotar o "quadro de instrumentos em cápsula".


Fiat Panorama (1980-1986)

Versão perua do 147, muito querida por famílias e profissionais. Um modelo 1982 com pintura em dois tons (verde e bege) foi aclamado como um dos destaques do encontro. Com amplo espaço interno e bagageiro generoso, ainda é lembrada por sua robustez e versatilidade.


Fiat Oggi (1983-1985)

Sedã derivado do 147, oferecia um grande porta-malas (440 litros) e acabamento mais refinado. Apresentou também a rara versão CSS (esportiva), com motor 1.4 de 78 cv.


Fiat Fiorino 147 ou “Furgoneta” (1980-1987)

Versão furgão para carga leve, com destaque para sua robustez e baixo custo operacional. Foi produzida para atender a necessidade de transporte de mercadorias.


Espírito de comunidade e preservação da memória automotiva

Além da exposição de veículos, o evento contou com rodas de conversa entre entusiastas, colecionadores.

“O 147 foi um carro à frente do seu tempo, sofreu preconceito no começo, mas hoje é símbolo de resistência. Restaurar um é quase uma missão”, disse Fábio Teixeira, restaurador há mais de 20 anos e expositor no evento.


Curiosidades sobre o Fiat 147


· Primeiro a álcool: O Fiat 147 foi o primeiro carro movido a álcool produzido em série no mundo, lançado em 1979, antecipando uma tendência que dominaria o mercado na década de 80.

· Exportação: O modelo foi exportado para diversos países, incluindo Itália, onde ficou conhecido como Fiat 127 brasileiro em algumas versões.

· Produção: A produção do 147 se estendeu até 1986, quando foi substituído pelo Uno Mille. Ao todo, foram fabricadas mais de 700 mil unidades no Brasil.

· Peças compartilhadas: Vários componentes do Fiat 147 foram utilizados em outros modelos Fiat por mais de uma década, o que facilitou sua manutenção e incentivou o colecionismo.


Conclusão


Mais do que um encontro de carros antigos, o evento deste 13 de julho foi uma verdadeira celebração de história, cultura popular e engenharia nacional. O Fiat 147, um ícone muitas vezes incompreendido, mostrou que ainda acelera corações e movimenta comunidades inteiras em torno da paixão por veículos clássicos.


O Largo da Matriz se transformou num museu a céu aberto — e quem esteve lá teve o privilégio de viver um pouco da memória automotiva do Brasil e comemorar este modelo que hoje, infelizmente, é raro de vermos nas ruas e nos encontros de carros antigos.


Obrigado a todos os presentes, a todos que participaram e ajudaram para que acontecesse esta comemoração!



 
 
 

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